quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Arte e Técnica de Projetar - I

Parâmetros iniciais

Quando se inicia a tarefa de projetar, o profissional deve ter, de antemão, alguns subsídios fundamentais, de cujos principais listamos a seguir:

> Deve-se ter absoluta certeza das dimensões exatas, 'in loco', do terreno a fim de que se possa assegurar a implantação do projeto em sua configuração original.

É comum ocorrerem casos em que o terreno foi invadido em uma ou mais de suas divisas por muros ou paredes das construções a ele adjacentes. Normalmente, quando isso ocorre, os prejuízos acabam sendo mínimos, já que, na maioria das vezes, a extensão da invasão resume-se tão somente à largura do muro.

Entretanto, alguns casos são mais graves e podem culminar em demandas judiciais. É o caso, por exemplo, de invasões, deliberadas ou não, de maior vulto. É o caso, também, de erros acumulativos nas demarcações de obras ou terrenos vizinhos, que acabam por invadir, por vezes, grandes extensões de área, geralmente fora de esquadro.

> Deve-se verificar o relevo do terreno, sua declividade, seu nível em relação à rua, etc.

A verificação de níveis topográficos garante a possibilidade de se desenvolver um projeto mais viável em termos econômicos e estéticos na medida em que pode-se aproveitar o relevo do terreno na composição de níveis dos pisos internos e externos da edificação. Isso evita que se façam grandes movimentações de terra, seja em corte, seja em aterro.

Atualmente, cumpre ao profissional um cuidado extra: observar as exigências legais quanto à declividade de rampas nos passeios públicos, o que influi diretamente no nível da entrada do terreno sobre o qual se implantará a edificação.
Um aclive mínimo de 1% deve ser projetado e implantado no terreno a fim de garantir o escoamento superficial de águas pluviais.

> Deve-se observar, também, a existência de poste de energia elétrica ou árvores defronte o terreno. Isto auxilia na elaboração do projeto uma vez que servirá como um dos parâmetros iniciais.

> Deve-se tomar a posição do norte magnético a fim de utilizá-lo como mais um parâmetro de projeto. Assim, por exemplo, como a região sudeste localiza-se entre paralelos relativamente distantes da linha do Equador, no hemisfério sul, as faces da edificação voltadas para o sul devem ser evitadas para utilização de aberturas iluminantes, particularmente de ambientes de prolongada permanência, como salas e dormitórios, já que devido a essa posição geográfica, a incidência de sol será insatisfatória.

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