O tipo e a periodicidade de manutenção exigida por um material é função do tipo do material e recorrentemente não se aplica a outros, mesmo àqueles que são empregados em conjunto com este.
Isto dificulta sobremaneira a execução de processos de manutenção adequados já que, nalgumas vezes, produtos destinados a proteger um material prejudicam outro.
Isto dificulta sobremaneira a execução de processos de manutenção adequados já que, nalgumas vezes, produtos destinados a proteger um material prejudicam outro.
Não é incomum a ocorrência, por exemplo, de casos em que, ao se utilizar produtos de limpeza para rejuntes de peças cerâmicas, estas acabam tendo sua face vítrea danificada.
Assim, fica claro que a manutenção dos diversos materiais que compõem uma edificação não pode ser pensada como um conjunto de medidas abrangentes e inespecíficas, já que a utilização de quaisquer produtos, ou a adoção de qualquer técnica deve ser pautada sobre conhecimentos técnicos acerca das propriedades dos materiais.
- Vida útil
A vida útil de um material pode ser definida como sendo a expectativa de tempo que este mantenha um comportamento físico-químico e/ou mecânico que o possibilite a apresentar características muito parecidas com aquelas que apresentava quando em idades mais jovens.
Seja por fatores físicos, químicos ou por uma associação de ambos, os materiais envelhecem, perdendo suas características iniciais.
Tal constatação nos remete a concluir que, assim como os materiais apresentam vida útil, uma edificação, que é composta exatamente por estes materiais, deverá também ter uma vida útil.
Apesar de óbvia, tal conclusão nos remete a outra, mais importante, acerca da durabilidade global das construções: a vida útil de uma obra depende da vida útil dos materiais de fechamento e da vida útil dos materiais estruturais de maneira vinculada.
De fato, um material de revestimento pode apresentar vida útil menor que a da obra sem maiores comprometimentos que não os financeiros.
Basta que se substituam tais revestimentos e a obra não ficará com sua vida útil comprometida.
Por outro lado, o término da vida útil dos materiais que compõem a estrutura de uma obra acaba por determinar o termo da sua vida útil global, ainda que os demais materiais que a componham tenham, ainda, características e propriedades de novos.
Esta constatação pode nos remeter a uma conclusão errônea: a de que os materiais que compõem as estruturas merecem maior atenção.
Na verdade, é inegável o seu peso no que tange a segurança de uma obra. Entretanto, não se deve negligenciar o bom tratamento e o zelo para com os demais materiais que a compõem. Afinal, o custo de manutenção e reparo despendido para a recuperação de materiais de vedação, revestimento ou quaisquer outros que não os estruturais, pode, dependendo do caso, suplantar o gasto original de todo o conjunto.